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quinta-feira, abril 18, 2013

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Dulcelina Faquiere;tão bonita e tão perversa.

Segunda página
E se as nossas tardes de domingo eram tão prazeirosas e cheias de encanto, além de ensinar teatro eu fazia questão de também compartilhar com todos tudo o que produzia.Afinal eram eles que me davam incentivo e faziam o meu coração criar asas para voar no universo da imaginação.E em uma daquelas tardes  quando todos nós estavamos assentados ali no chão em círculo para mais uma aula, me enchi de satisfação para apresentar ao grupo um novo texto que havia acabado de escrever  e que tinha como fundo um amor proibido entre duas pessoas do mesmo sexo e de classes sociais tão diferentes;um amor bem verdadeiro porém  tão perseguido e violentado pela paixão perversa de uma mulher preconceituosa muito prepotente,fria e calculista e sem limites quando o assunto era ela mesma e o seu prazer alimentar o  próprio egoísmo.E essa mulher chamava-se Dulcelina Faquiere.


Dulcelina Faquiere


Sim,novamente eu havia me inspirado em Dulcelina para escrever um novo texto e desta vez não hesitado em revelar o nome e lhe atribuir um sobrenome.E apesar do medo de apresentar tudo o que estava naquelas páginas escritas à maquina; e sem rédeas nos diálogos que mostravam uma mulher muito perversa, o importante fora a minha coragem em mostrar a própria Dulcelina que estava ali entre nós,uma outra mulher que pensando nela eu havia imaginado.
Todos em silêncio e aterrorizados mas ao mesmo tempo ansiosos pelo desenrolar daquela trama tão mirabolante e cheia de surpresas enquanto eu, com tanto entusiamo ia lendo e enfatizando cada detalhe das ações e reações daqueles três personagens que então se resumiam naquele monólogo fresquinho intitulado “Amor de Pecado”.
Na verdade ler e apresentar Dulcelina para o grupo me dava um prazer imenso pois desta vez talvez imbuído pela coragem de dizer que Dulcelina não era tão somente como aquela abelha muito dócil e dedicada ao esposo e aos amigos da floresta, eu não havia feito nenhuma cerimônia em transformá-la naquele anjo mal.Afinal Dulcelina tería que ter um lado mais agressivo e arrogante.Ela tinha que ser alguém não tão submissa e tão frágil e isso ficou muito claro em suas atitudes e sobretudo  no desfecho de toda trama quando ela alucinada  e possuida por uma coragem tão surpreendente , no soar de uma última frase desfechou sobre o protagonista o seu  golpe fatal destruindo a sua vaidade masculina e arrancando-lhe todas as chances de viver ao lado do seu grande amor.
Dulcelina Faquiere foi a personagem mais crueu que consegui escrever até hoje inspirado na verdadeira Dulcelina.Uma personagem que nasceu de minha busca infinita pelo desconhecido.

Tony Caroll.

Em referência ao monólogo Amor de Pecado.

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