LITERARTE LETRAS ! ARTE CULTURA E COMUNICAÇÃO

domingo, setembro 30, 2012

Filled Under:

Casa Vazia.

As vezes é tão difícil olhar no espelho e não encontrar mais aquele jovem sonhador.Aquele que se envaidecia pelo despontar dos primeiros fios da barba a emoldurar o seu rosto e que o fazia despir-se de seu corpo frágil de menino assegurando-lhe que já estava pronto para o amor.

Casa vazia é um poema que minha alma escreveu para contar um pouco da saudade de mim mesmo mas também é o retrato de uma linda história de amor.Um amor proibido que desafiou as leis do mundo e dos homens e foi vivido em meio aos temporais causados pelo preconceito daqueles que não acreditam que além de corpos que se entregam existem reencontros de almas que se amam.


 Casa vazia

De repente, tão de repente a casa ficou vazia..
Parece que a morte entrou por ela
E fechou a porta e a janela
Para guardar só as lembranças.
Casa vazia, sem esperanças
Sem a voz da campainha e o sorriso da criança
Que chegou surpreendente fazendo-me sentir gente
Naquele mês de outubro
Casa que hoje descubro e vejo um vácuo imenso
Que ainda guarda os natais, vividos nos vendavais
Entre abraços e beijos, e um carinho intenso
E recorda aniversários repletos de emoções e amor
E ouve a canção do amigo sorrindo e chorando consigo
Para não sentir a dor
E na parede o calendário que marca datas importantes
Que fizeram de um instante um eterno e doce folguedo
Casa que era um brinquedo para o menino rapaz
Que vinha todos os dias e a enchia de alegria
Também de sonhos e de paz
Casa triste de saudade
Onde nasceu a amizade cultivada como uma flor
Que ainda tem o espelho com aquela moldura parda
Onde o jovem sonhador, orgulhoso decepou
Os primeiros fios da barba
Casa vazia,triste e abandonada
Que guarda fotografias, o choro e a gargalhada
Do menino homem que um dia aqui viveu
E que sonha acordada
Não achando graça em nada
Porque tudo se perdeu...
Casa vazia que hoje acordou tão cedo
Tão cheia de medo e de solidão
Trancada por fora, por alguém que foi embora
casa vazia,meu coração.


Tony Caroll.

"Publicado em 2004 pelo prêmio Celito Medeiros/concurso sol vermelho;Exposto e escolhido pelo projeto um poema em cada árvore em Governador Valadares-MG em 2011;Escolhido e publicado em 2011 pela V CLIPP concurso literário de Presidente Prudente/SP”

2 coment�rios:

  1. Continua con tus cosas Tony, sobretodo el mundo de los niños que es genial. Ya os embiare algun cuento de mi cosecha , saludos para todos, tensy.

    ResponderExcluir
  2. Gracias Hortência.O su único comentario fue enriquecer este espacio y que inundan el incentivo alma.

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário.Ele será muito importante para nós.